segunda-feira, 28 de junho de 2010
Quarta, dia 30 - DIA DE CINEMA na Confraria
Nesta quarta-feira, dia 30 de junho de 2010, às 19:00 horas, será exibido na Confraria o filme PRECIOSA, UMA HISTÓRIA DE ESPERANÇA.
Uma sala de saberes estará aberta após a sessão. Leia a sinopse do filme e venha conferir!!!!!
Claireece Preciosa Jones sofre privações inimagináveis em sua juventude. Abusada pela mãe, violentada por seu pai, ela cresce pobre, irritada, analfabeta, gorda, sem amor e geralmente passa despercebida. A melhor maneira de saber sobre ela são suas próprias falas: “Às vezes eu desejo que não estivesse viva. Mas eu não sei como morrer. Não há nenhum botão para desligar. Não importa o quão ruim eu me sinta, meu coração não para de bater e meus olhos se abrem pela manhã”. Uma história intensa de adversidade e esperança.
Ficha Técnica
Título no Brasil: Preciosa – Uma História de Esperança
Título Original: Precious: Based on the Novel Push by Sapphire
País de Origem: EUA
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 110 minutos
Ano de Lançamento: 2009
Estréia no Brasil: 12/02/2010
Estúdio/Distrib.: PlayArte
Direção: Lee Daniels
terça-feira, 22 de junho de 2010
Crônica de uma pesquisa
Maria da Conceição Nobre
Acordar muito cedo nunca foi minha praia, onde sempre cheguei depois das dez. Os cuidadosos do sol me recriminavam, mas os boêmios eram capazes de entender. Não se mistura sol com boemia.
Pois é, mas nesse dia, enfrentei o que foi preciso e meio adivinhando, porque sou uma eterna estrangeira por aqui, cheguei ao Bonfim, onde iria encontrar minha colega Luciana. Paro o carro em frente à igreja e fico completamente fascinada, capturada pela cor do mar, já pensando que deve ser incrível morar nesta beleza. Luciana chega me fazendo retornar ao real.
A caminho da escola, me preparo para encontrar crianças, uma alegria básica, porque adoro aquela conversinha.
- Tia...
- Olhe bem, não sou tia, sou Conceição a psicóloga que veio trabalhar com vocês hoje ...
- Conceição,... A garotinha parece testar pra saber se pode mesmo me chamar pelo nome, ou se vai ter que acrescentar algum dona, senhora, ou lá o que seja, que as crianças são obrigadas a usar para distinguir alguma autoridade, ... eu posso beber água?
Claro que pode.
Contento-me em esperar, água, banheiro, aproveitando pra distribuir o material, papel, lápis, borracha, e os lugares de forma que cada um possa estar concentrado em seu próprio trabalho. Têm em torno de sete, oito anos. Respondidas às demandas, inicio explicando que eles devem responder à pergunta: O que você mais gosta de fazer?
Muitas respostas que escrevo no quadro, sorvete, merenda, guaraná, passear, ir à praia...
- Então vocês devem desenhar, em dez minutos, todas essas coisas que vocês gostam de fazer.
Passados os dez minutos, recolho os desenhos e inicio a segunda etapa da pesquisa. O que vocês não gostam?
Não gosto de comer fruta, não gosto quando minha mãe me bate; e eu não gosto quando meu pai me bate porque ele bate forte e põe a arma na minha cabeça; não gosto quando meu pai bate na minha mãe, ontem eu descontei e bati nele.
Solicito que desenhem todas essas coisas que não gostam. Enquanto aguardo, fico com a palavra que a garotinha usou: descontei. Des contei, ou seja, retirei das coisas que eu conto, parei de contar, apaguei. Quando ela devolve a agressão está se impedindo de ver o que faz esse pai, está tentando parar de contar, des contar o que acontece na sua família. A criança agredida com a ameaça de um revolver desenha o que aconteceu, mas não quer falar sobre o fato. Não precisa. Está dito, desenhado, posto.
Uma bela manhã, novo encontro no Bonfim. Estranho o nome da escola - Castelo Branco - homenagem ao presidente que deu início a um dos mais terríveis períodos da história de nosso país. Mas só para lembrar que a vida é feita de paradoxos, a estrutura da escola é muito boa e a professora fantástica. Sala grande, arejada, as carteiras separadas. Nada precisa ser alterado para realizar o trabalho. A professora fez um cantinho da leitura onde todas as semanas os livros circulam, os hábitos de higiene são escritos numa cartolina com as frases e as letrinhas de cada um, revelando que entenderam e por que tal hábito deve ser assimilado. Uma árvore enfeita um grande quadro de cortiça, nos galhos o nome de cada aluno, tendo ao lado um desenho que o representa. Uma das crianças, inquieta, não ouve as regras do trabalho. Mas diz que não gosta de apanhar nem de ver as pessoas apanhando. Que pessoas? Todas. Como é isso; todas? A criança explica que em casa, ele, a mãe, os irmãos apanham, então vai pra casa da tia, onde também apanham todos, o que o impede de entender o que são regras, o que é possível e o que não é possível, porque todos apanham quando o pai bebe, ou simplesmente quando ele quer bater. As surras estão associadas ao bem estar do adulto que é perturbado de alguma forma, quando quer dormir e as crianças fazem barulho ou quando os pequenos não cumprem o que lhes é ordenado com a presteza e a perfeição exigidas.
A primeira escola particular deste trabalho é grande, bem arrumada, me aguarda uma sala de crianças um pouco mais velhas que as dos grupos anteriores, entre dez e onze anos. Logo no início sou surpreendida por uma das participantes que ao ser perguntada sobre o que mais gosta responde: “gosto de bater” e explica que seu pai a tranca no quarto e bate muito. Neste grupo apenas uma criança não apanha, mas segundo ela, a irmã mais nova apanha bastante, e por nada. A conversa flui com a turma, elas falam sobre o que gostam o que não gostam, o que é apanhar, acabando por dizer que preferem apanhar a ficar de castigo.
__ É mesmo? Mas, por quê?
__ Porque quando ficamos de castigo sempre perdemos as coisas que gostamos de fazer; perdemos o que mais gostamos; a televisão, ou sair de casa, ou o vídeo game. Apanhar dói naquele momento e depois passa.
__ Mas, e o que vocês perdem quando apanham?
Uma das meninas responde com a incrível frase: __ quando a gente apanha perde a coragem e ganha a raiva.
Saio da escola marcada por estas palavras.
De minha experiência no trabalho com crianças, concluo que bater é um abuso uma situação que paralisa a criança. Da mesma maneira que na fase de latência (fase antes da puberdade), não está preparada para a sexualidade genital, pois seu corpo é ainda imaturo, a criança também não tem preparo emocional para defender-se de atos de crueldade. A pergunta que se impõe é: o que acontece com a criança? Penso que ela se distancia do entendimento das regras sociais, da solidariedade humana, da compaixão, ficando como que viciada nestes confrontos cruéis. Observamos que levam para a escola os hábitos de maltrato, batendo nos colegas e utilizando a violência para resolver as questões.
Quando uma criança é surrada o que está em questão não é apenas o castigo físico. A raiva e o descontentamento do adulto com sua própria vida são elementos que fazem irromper a violência de uma forma muito mais contundente do que o que quer que a criança tenha feito.
O castigo físico fere muito além do corpo. As surras levam, de enxurrada, tudo que necessita de coragem pra ser feito.
Maria da Conceição Nobre – psicóloga e psicanalista, coordenadora da Pesquisa O que eles não Gostam Projeto Proteger - Salvador /Bahia
Acordar muito cedo nunca foi minha praia, onde sempre cheguei depois das dez. Os cuidadosos do sol me recriminavam, mas os boêmios eram capazes de entender. Não se mistura sol com boemia.
Pois é, mas nesse dia, enfrentei o que foi preciso e meio adivinhando, porque sou uma eterna estrangeira por aqui, cheguei ao Bonfim, onde iria encontrar minha colega Luciana. Paro o carro em frente à igreja e fico completamente fascinada, capturada pela cor do mar, já pensando que deve ser incrível morar nesta beleza. Luciana chega me fazendo retornar ao real.
A caminho da escola, me preparo para encontrar crianças, uma alegria básica, porque adoro aquela conversinha.
- Tia...
- Olhe bem, não sou tia, sou Conceição a psicóloga que veio trabalhar com vocês hoje ...
- Conceição,... A garotinha parece testar pra saber se pode mesmo me chamar pelo nome, ou se vai ter que acrescentar algum dona, senhora, ou lá o que seja, que as crianças são obrigadas a usar para distinguir alguma autoridade, ... eu posso beber água?
Claro que pode.
Contento-me em esperar, água, banheiro, aproveitando pra distribuir o material, papel, lápis, borracha, e os lugares de forma que cada um possa estar concentrado em seu próprio trabalho. Têm em torno de sete, oito anos. Respondidas às demandas, inicio explicando que eles devem responder à pergunta: O que você mais gosta de fazer?
Muitas respostas que escrevo no quadro, sorvete, merenda, guaraná, passear, ir à praia...
- Então vocês devem desenhar, em dez minutos, todas essas coisas que vocês gostam de fazer.
Passados os dez minutos, recolho os desenhos e inicio a segunda etapa da pesquisa. O que vocês não gostam?
Não gosto de comer fruta, não gosto quando minha mãe me bate; e eu não gosto quando meu pai me bate porque ele bate forte e põe a arma na minha cabeça; não gosto quando meu pai bate na minha mãe, ontem eu descontei e bati nele.
Solicito que desenhem todas essas coisas que não gostam. Enquanto aguardo, fico com a palavra que a garotinha usou: descontei. Des contei, ou seja, retirei das coisas que eu conto, parei de contar, apaguei. Quando ela devolve a agressão está se impedindo de ver o que faz esse pai, está tentando parar de contar, des contar o que acontece na sua família. A criança agredida com a ameaça de um revolver desenha o que aconteceu, mas não quer falar sobre o fato. Não precisa. Está dito, desenhado, posto.
Uma bela manhã, novo encontro no Bonfim. Estranho o nome da escola - Castelo Branco - homenagem ao presidente que deu início a um dos mais terríveis períodos da história de nosso país. Mas só para lembrar que a vida é feita de paradoxos, a estrutura da escola é muito boa e a professora fantástica. Sala grande, arejada, as carteiras separadas. Nada precisa ser alterado para realizar o trabalho. A professora fez um cantinho da leitura onde todas as semanas os livros circulam, os hábitos de higiene são escritos numa cartolina com as frases e as letrinhas de cada um, revelando que entenderam e por que tal hábito deve ser assimilado. Uma árvore enfeita um grande quadro de cortiça, nos galhos o nome de cada aluno, tendo ao lado um desenho que o representa. Uma das crianças, inquieta, não ouve as regras do trabalho. Mas diz que não gosta de apanhar nem de ver as pessoas apanhando. Que pessoas? Todas. Como é isso; todas? A criança explica que em casa, ele, a mãe, os irmãos apanham, então vai pra casa da tia, onde também apanham todos, o que o impede de entender o que são regras, o que é possível e o que não é possível, porque todos apanham quando o pai bebe, ou simplesmente quando ele quer bater. As surras estão associadas ao bem estar do adulto que é perturbado de alguma forma, quando quer dormir e as crianças fazem barulho ou quando os pequenos não cumprem o que lhes é ordenado com a presteza e a perfeição exigidas.
A primeira escola particular deste trabalho é grande, bem arrumada, me aguarda uma sala de crianças um pouco mais velhas que as dos grupos anteriores, entre dez e onze anos. Logo no início sou surpreendida por uma das participantes que ao ser perguntada sobre o que mais gosta responde: “gosto de bater” e explica que seu pai a tranca no quarto e bate muito. Neste grupo apenas uma criança não apanha, mas segundo ela, a irmã mais nova apanha bastante, e por nada. A conversa flui com a turma, elas falam sobre o que gostam o que não gostam, o que é apanhar, acabando por dizer que preferem apanhar a ficar de castigo.
__ É mesmo? Mas, por quê?
__ Porque quando ficamos de castigo sempre perdemos as coisas que gostamos de fazer; perdemos o que mais gostamos; a televisão, ou sair de casa, ou o vídeo game. Apanhar dói naquele momento e depois passa.
__ Mas, e o que vocês perdem quando apanham?
Uma das meninas responde com a incrível frase: __ quando a gente apanha perde a coragem e ganha a raiva.
Saio da escola marcada por estas palavras.
De minha experiência no trabalho com crianças, concluo que bater é um abuso uma situação que paralisa a criança. Da mesma maneira que na fase de latência (fase antes da puberdade), não está preparada para a sexualidade genital, pois seu corpo é ainda imaturo, a criança também não tem preparo emocional para defender-se de atos de crueldade. A pergunta que se impõe é: o que acontece com a criança? Penso que ela se distancia do entendimento das regras sociais, da solidariedade humana, da compaixão, ficando como que viciada nestes confrontos cruéis. Observamos que levam para a escola os hábitos de maltrato, batendo nos colegas e utilizando a violência para resolver as questões.
Quando uma criança é surrada o que está em questão não é apenas o castigo físico. A raiva e o descontentamento do adulto com sua própria vida são elementos que fazem irromper a violência de uma forma muito mais contundente do que o que quer que a criança tenha feito.
O castigo físico fere muito além do corpo. As surras levam, de enxurrada, tudo que necessita de coragem pra ser feito.
Maria da Conceição Nobre – psicóloga e psicanalista, coordenadora da Pesquisa O que eles não Gostam Projeto Proteger - Salvador /Bahia
quarta-feira, 16 de junho de 2010
CONFRARIA DOS SABERES E DOS PRAZERES
(Regina e Carlos)
Noite amena de outono, todos convidados a ouvir, falar, tomar uma taça de vinho, saborear o que encontrar de bom. Maria Lúcia Martins encarregada de alinhavar seu saber psicanalítico com o exercício da literatura, Walter Queiroz com seu olhar atento, pinçando palavras e conceitos que poderiam escapar a todos nós. Waldomiro disserta e aproveita para futucar os psicanalistas com vara curta. Conceição, incansável, recebe cada retardatário e vai acomodando a todos com um sorriso que nos faz sentir em casa. Fiéis escudeiros de Maria Lúcia, nós da SOLLEI, ajudamos pondo lenha no fogo. O fogo da fricção intelectual e poética, que produz a luz referida por Conceição. E a ala jovem, todos atentos, dialogando conosco pelas expressões de surpresa, de riso e de desaprovação.
E foram tantas palavras faladas, pensadas e rimadas, que nos levaram ao dicionário de Mário Quintana para reapresentá-las e de novo pensar. Pensar e sentir.
Nossa humildade anti-acadêmica. Quintana fala: o acadêmico comete meio-suicídio, dedicando metade da vida em solenidades rapapés, quando poderia empregá-la toda no silêncio e recolhimento da criação literária.
AUTOR: Um autor primeiro, é assunto. Mas a glória, mesmo, é quando ele vira falta de assunto.
AMOR: Os que fazem amor não estão fazendo apenas amor: estão dando corda ao relógio do mundo.
LIVRO: O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado
Os livros de poemas devem ter margens largas e muitas páginas em branco e suficientes claros nas páginas impressas, para que as crianças possam enche-los de desenhos – gatos, homens, aviões, casas, chaminés, árvores, luas, pontes, automóveis, cachorros, cavalos, bois, tranças, estrelas – que passarão também a fazer parte dos poemas.
Há duas espécies de livros: Uns que os leitores esgotam, outros que esgotam os leitores.
MEMÓRIA: É melhor esperar que a poeira baixe, que as águas resserenem: deixar tudo à deriva da memória.
PSICANALISTA: Os psicanalistas, como o caso deles me preocupa!
Eles próprios sofrem de um dos mais terríveis complexos do mundo.
Que é o complexo dos complexos.
Ah, se a gente pudesse ter uma simples e amistosa conversa com eles,
Sem que descubram coisas por trás!
POEMA: Os poemas são pássaros que chegam
Não se sabe de onde e pousam no livro que lês
Eles não têm pouso
Nem porto
Alimentam-se um instante em cada par de mãos
E partem.
POETA: E os poetas...que não têm nenhuma idade
E inauguram o mundo a cada instante.
RESPOSTAS: Não deves acreditar nas respostas. As respostas são muitas e a tua pergunta é única e insubstituível.
VERDADE: Tu quiseste dizer a verdade e disseste Beleza!
E choraste.
Mas os anjos sorriram-te...
Porque a beleza é a forma angélica da verdade.
VINHO: ... esse gosto ao mesmo tempo resignado e desesperado que tem o vinho com rolha afundada.
Finalmente, sobre o tempo:
O tempo é um ponto de vista, velho é quem é um ano mais velho do que a gente.
Noite amena de outono, todos convidados a ouvir, falar, tomar uma taça de vinho, saborear o que encontrar de bom. Maria Lúcia Martins encarregada de alinhavar seu saber psicanalítico com o exercício da literatura, Walter Queiroz com seu olhar atento, pinçando palavras e conceitos que poderiam escapar a todos nós. Waldomiro disserta e aproveita para futucar os psicanalistas com vara curta. Conceição, incansável, recebe cada retardatário e vai acomodando a todos com um sorriso que nos faz sentir em casa. Fiéis escudeiros de Maria Lúcia, nós da SOLLEI, ajudamos pondo lenha no fogo. O fogo da fricção intelectual e poética, que produz a luz referida por Conceição. E a ala jovem, todos atentos, dialogando conosco pelas expressões de surpresa, de riso e de desaprovação.
E foram tantas palavras faladas, pensadas e rimadas, que nos levaram ao dicionário de Mário Quintana para reapresentá-las e de novo pensar. Pensar e sentir.
Nossa humildade anti-acadêmica. Quintana fala: o acadêmico comete meio-suicídio, dedicando metade da vida em solenidades rapapés, quando poderia empregá-la toda no silêncio e recolhimento da criação literária.
AUTOR: Um autor primeiro, é assunto. Mas a glória, mesmo, é quando ele vira falta de assunto.
AMOR: Os que fazem amor não estão fazendo apenas amor: estão dando corda ao relógio do mundo.
LIVRO: O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado
Os livros de poemas devem ter margens largas e muitas páginas em branco e suficientes claros nas páginas impressas, para que as crianças possam enche-los de desenhos – gatos, homens, aviões, casas, chaminés, árvores, luas, pontes, automóveis, cachorros, cavalos, bois, tranças, estrelas – que passarão também a fazer parte dos poemas.
Há duas espécies de livros: Uns que os leitores esgotam, outros que esgotam os leitores.
MEMÓRIA: É melhor esperar que a poeira baixe, que as águas resserenem: deixar tudo à deriva da memória.
PSICANALISTA: Os psicanalistas, como o caso deles me preocupa!
Eles próprios sofrem de um dos mais terríveis complexos do mundo.
Que é o complexo dos complexos.
Ah, se a gente pudesse ter uma simples e amistosa conversa com eles,
Sem que descubram coisas por trás!
POEMA: Os poemas são pássaros que chegam
Não se sabe de onde e pousam no livro que lês
Eles não têm pouso
Nem porto
Alimentam-se um instante em cada par de mãos
E partem.
POETA: E os poetas...que não têm nenhuma idade
E inauguram o mundo a cada instante.
RESPOSTAS: Não deves acreditar nas respostas. As respostas são muitas e a tua pergunta é única e insubstituível.
VERDADE: Tu quiseste dizer a verdade e disseste Beleza!
E choraste.
Mas os anjos sorriram-te...
Porque a beleza é a forma angélica da verdade.
VINHO: ... esse gosto ao mesmo tempo resignado e desesperado que tem o vinho com rolha afundada.
Finalmente, sobre o tempo:
O tempo é um ponto de vista, velho é quem é um ano mais velho do que a gente.
terça-feira, 15 de junho de 2010
Sobre a Confraria
A Confraria dos Saberes define-se como um espaço de estudo interdisciplinar e clínica psicanalítica, que toma o conhecimento como a possibilidade de construção de
alternativas capazes de dar suporte a uma clinica para além dos consultórios.
Fundada em 2004 por Maria da Conceição Nobre, psicanalista a mais de 20 anos, reúne no seu espaço profissionais que atuam de forma contínua e reflexiva nas áreas da educação, psicologia e artes. Assim é constituída a Confraria - a partir de um somatório de experiências que resulta em um pólo agregador de novas iniciativas e parcerias.
Dentro da sua rotina de desenvolvimento, a Confraria realiza cursos informativos para profissionais das áreas de educação, psicologia, serviço social, no qual são trabalhados os principais conteúdos da teoria freudiana e de áreas afins, pesquisas, atendimentos clínicos.
Outros trabalhos da Confraria dos Saberes são eventos interativos, atividades abertas a comunidades de Salvador, onde são convidadas pessoas reconhecidas ocialmente por notório saber nas áreas de filosofia, política, literatura, música, história, educação, sociologia, antropologia, artes, etc. a realizar uma fala, num momento de troca de experiências entre os participantes e os convidados falantes.
alternativas capazes de dar suporte a uma clinica para além dos consultórios.
Fundada em 2004 por Maria da Conceição Nobre, psicanalista a mais de 20 anos, reúne no seu espaço profissionais que atuam de forma contínua e reflexiva nas áreas da educação, psicologia e artes. Assim é constituída a Confraria - a partir de um somatório de experiências que resulta em um pólo agregador de novas iniciativas e parcerias.
Dentro da sua rotina de desenvolvimento, a Confraria realiza cursos informativos para profissionais das áreas de educação, psicologia, serviço social, no qual são trabalhados os principais conteúdos da teoria freudiana e de áreas afins, pesquisas, atendimentos clínicos.
Outros trabalhos da Confraria dos Saberes são eventos interativos, atividades abertas a comunidades de Salvador, onde são convidadas pessoas reconhecidas ocialmente por notório saber nas áreas de filosofia, política, literatura, música, história, educação, sociologia, antropologia, artes, etc. a realizar uma fala, num momento de troca de experiências entre os participantes e os convidados falantes.
Um pouco sobre Maria da Conceição Nobre
Maria da Conceição Nobre é natural de Belém, Pará, residindo em Salvador já há 20 anos, local onde se graduou em Psicologia pela Universidade Federal da Bahia. Sua formação em psicanálise vem do Colégio de Psicanálise da Bahia, onde se aprofundou nas teorias freudiana e lacaniana.
Sua experiência profissional corresponde à atuação como psicóloga durante quatro anos no Colégio Anglo Brasileiro, e por sete na ACOPAMEC – Associação das Comunidades Paroquiais da Mata Escura e Calabetão, instituição que abriga crianças e adolescentes em situação de risco social - realizando cerca de vinte atendimentos psicológicos semanais. No Juizado da Infância e da Juventude do Estado da Bahia, atuou como psicóloga, trabalhando também com crianças em situação de extrema pobreza, grupos terapêuticos de mães e adolescentes com distúrbios de conduta, além de casais pretendentes à adoção, nos anos de 2002 até 2004. A partir deste último ano, assumiu atendimentos clínicos no Centro Médico do Servidor do Poder Judiciário do Estado da Bahia, e em 2006 coordenou o projeto Gametas Sentimentos e Palavras, no grupo de apoio a casais com problemas de fertilidade, no Hospital Aliança da Bahia.
Elaborou e participou no ano de 2007 de projeto de pesquisa com escolas de comunidades carentes e escolas particulares, avaliando a violência doméstica.
Conceição hoje divide suas atividades entre o Centro Médico do Judiciário e a Confraria dos Saberes, onde participa de projetos de difusão da psicanálise e coordena os grupos do curso de teoria e formação psicanalítica, denominado Freud Percursos e Discursos, mantendo consultório de psicanálise.
Sua experiência profissional corresponde à atuação como psicóloga durante quatro anos no Colégio Anglo Brasileiro, e por sete na ACOPAMEC – Associação das Comunidades Paroquiais da Mata Escura e Calabetão, instituição que abriga crianças e adolescentes em situação de risco social - realizando cerca de vinte atendimentos psicológicos semanais. No Juizado da Infância e da Juventude do Estado da Bahia, atuou como psicóloga, trabalhando também com crianças em situação de extrema pobreza, grupos terapêuticos de mães e adolescentes com distúrbios de conduta, além de casais pretendentes à adoção, nos anos de 2002 até 2004. A partir deste último ano, assumiu atendimentos clínicos no Centro Médico do Servidor do Poder Judiciário do Estado da Bahia, e em 2006 coordenou o projeto Gametas Sentimentos e Palavras, no grupo de apoio a casais com problemas de fertilidade, no Hospital Aliança da Bahia.
Elaborou e participou no ano de 2007 de projeto de pesquisa com escolas de comunidades carentes e escolas particulares, avaliando a violência doméstica.
Conceição hoje divide suas atividades entre o Centro Médico do Judiciário e a Confraria dos Saberes, onde participa de projetos de difusão da psicanálise e coordena os grupos do curso de teoria e formação psicanalítica, denominado Freud Percursos e Discursos, mantendo consultório de psicanálise.
domingo, 6 de junho de 2010
SEGUNDA-FEIRA, DIA DE CONFRARIA
Dia de Confraria
Segunda-feira, dia de Confraria. Estaremos nos reunindo para estudar a
teoria freudiana e abrir pensamentos e opiniões a respeito da
psicanálise:
FREUD PERCURSOS E DISCURSOS,
19 horas
Coordenação: Maria da Conceição Nobre (psicanalista)
(O primeiro encontro não paga!)
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